Portugal está localizado numa região sismicamente ativa devido à sua proximidade com a fronteira entre as placas tectónicas Euroasiática e Africana, daí a existência de risco sismico. Esta localização torna o território particularmente suscetível a sismos, sendo que ao longo da história vários eventos de grande magnitude assolaram o país.

Recentemente, a atividade sísmica tem aumentado noutras regiões do mundo, incluindo Marrocos, a Europa e mais recentemente a ilha de Santorini na Grécia. Estes eventos reforçam a necessidade de Portugal estar preparado para um sismo significativo. Além disso, a proteção financeira através de um seguro multirriscos habitacional que cubra danos sísmicos é essencial para minimizar os impactos económicos sobre os cidadãos portugueses e existem poucos portugueses com esta proteção. Existe um claro risco sismico em Portugal.
O risco sísmico em Portugal
Regiões de maior risco:
Embora todo o território português possa ser afetado por sismos, algumas regiões são particularmente vulneráveis:
Lisboa e Vale do Tejo: A capital é considerada uma das cidades europeias com maior risco sísmico, devido ao histórico de terramotos destrutivos, incluindo o famoso terramoto de 1755.
Algarve: A proximidade com a fronteira de placas tectónicas torna esta região propensa a abalos sísmicos.
Açores: Situado na junção de três placas tectónicas (Norte-Americana, Euroasiática e Africana), o arquipélago regista frequente atividade sísmica.
Região a sudoeste do Cabo de São Vicente: Esta é uma das áreas do Atlântico mais ativas em termos sismológicos e pode afetar Portugal continental.
O histórico de sismos em Portugal
(Dada a antiguidade dos acontecimentos, este podem não ser completamente precisos)
Uma lista dos sismos mais graves que afetaram Portugal, com base na sua magnitude e impacto em termos de destruição e perdas humanas:
1. Terramoto de 1 de novembro de 1755 (Lisboa)
Magnitude: Estimada entre 8,5 e 9,0 na escala de Richter.
Impacto: Um dos terramotos mais devastadores da história da Europa. O sismo, seguido de um tsunami e incêndios, destruiu grande parte de Lisboa e afetou todo o sul de Portugal.
Vítimas: Entre 30.000 e 50.000 mortos em Lisboa e arredores.
2. Terramoto de 31 de março de 1761 (Portugal e Espanha)
Magnitude: Cerca de 8,5.
Impacto: Epicentro no Atlântico, sentido em Portugal e Espanha. Apesar de não ter sido tão destrutivo como o de 1755, causou pânico e danos materiais.
Vítimas: Menos documentado, mas algumas mortes registadas.
3. Terramoto de 23 de abril de 1909 (Benavente)
Magnitude: Cerca de 6,0.
Impacto: Ocorreu na região do Vale do Tejo, afetando gravemente Benavente, Samora Correia e Salvaterra de Magos.
Vítimas: Cerca de 60 mortos e destruição de diversas infraestruturas.
4. Terramoto de 28 de fevereiro de 1969 (Sudoeste do Cabo de São Vicente)
Magnitude: 7,9.
Impacto: Sentido em todo o país e também em Espanha e Marrocos. Causou danos materiais consideráveis, principalmente no Algarve e Alentejo.
Vítimas: 13 mortos.
5. Terramoto de 1 de janeiro de 1980 (Açores)
Magnitude: 7,2.
Impacto: Afetou as ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, destruindo milhares de edifícios.
Vítimas: 73 mortos, centenas de feridos e milhares de desalojados.
6. Terramoto de 9 de julho de 1998 (Açores)
Magnitude: 6,2.
Impacto: Atingiu as ilhas do Faial, Pico e São Jorge, causando danos estruturais graves.
Vítimas: 8 mortos e mais de 1.700 desalojados.
Estes eventos mostram que Portugal está exposto a risco sísmico, especialmente nas regiões de Lisboa, Algarve e Açores. Dado o histórico, é essencial reforçar a segurança das construções e investir em medidas preventivas.

Terramoto de Lisboa de 1531
O terramoto de 26 de janeiro de 1531 foi um dos mais devastadores a atingir Lisboa antes do famoso sismo de 1755. Embora não tenha sido tão destrutivo quanto o evento do século XVIII, teve um impacto significativo na cidade e arredores.
Detalhes do Sismo:
Data: 26 de janeiro de 1531
Hora: Cerca das 4h da manhã
Magnitude estimada: Entre 6,4 e 7,1 na escala de Richter
Epicentro: Provavelmente no Vale Inferior do Tejo
Impacto:
Foi particularmente violento e destrutivo em toda esta região, nomeadamente em Lisboa, Santarém, Almeirim, Azambuja e Vila Franca de Xira.
Grande número de edifícios colapsados, incluindo igrejas e palácios
Fendas no solo e desmoronamento de colinas
Subida anómala do nível do mar, sugerindo um pequeno tsunami
Réplicas durante semanas
Número de vítimas:
As estimativas apontam para cerca de 1.000 a 3.000 mortos, um número muito elevado para a época.
Consequências:
Lisboa, uma cidade já em crescimento, sofreu severos danos estruturais.
Vários edifícios religiosos, como igrejas e mosteiros, ruíram.
As autoridades da época interpretaram o evento como um castigo divino, o que influenciou a mentalidade religiosa do século XVI.
Eventos sísmicos recentes no mundo
O terramoto de Marrocos
Em setembro de 2023, Marrocos foi atingido por um sismo devastador de magnitude 6.8, resultando em milhares de vítimas e destruição massiva, particularmente na região do Alto Atlas. Este evento demonstrou a vulnerabilidade das construções não preparadas para sismos e serviu como alerta para outros países, incluindo Portugal.
Aumento da atividade sísmica na Europa
Na Europa, sismos têm ocorrido com alguma frequência, especialmente em zonas como a Turquia e a região dos Balcãs, que estão localizadas em falhas geológicas ativas. Estes eventos reforçam a necessidade de Portugal estar atento à possibilidade de um terramoto significativo.
Os terramotos em Santorini, Grécia
Desde o final de janeiro de 2025, a ilha de Santorini registou mais de 6.400 tremores num curto período de tempo. Algumas destas ocorrências atingiram magnitudes superiores a 5.0, levando à evacuação de milhares de pessoas e à declaração de estado de emergência. A atividade sísmica na região é atribuída à interação entre as placas Africana e Euroasiática, que acumulam energia e podem libertá-la de forma imprevisível.
O impacto económico e social de um terramoto em Portugal
Se um terramoto de grande magnitude atingisse Lisboa, Porto ou outra cidade densamente povoada, os impactos seriam devastadores. Infraestruturas antigas e edifícios não preparados poderiam colapsar, resultando em perdas humanas e económicas massivas. A reconstrução seria um processo longo e dispendioso, tornando fundamental a existência de medidas preventivas como normas de construção mais rigorosas e seguros que cubram catástrofes naturais
(A proteção contra sismos em Portugal é, neste momento, uma clara derrota para o estado português e toda a sua população, uma vez que está muito desprotegida).
Importância do seguro Multirriscos habitacional com Cobertura Sísmica
O que é um Seguro Multirriscos?
O seguro multirriscos habitacional é um tipo de apólice que protege os proprietários contra vários riscos, incluindo incêndios, inundações e, em alguns casos, terramotos.
Cobertura contra fenómenos sísmicos
Normalmente as apólices de seguro multirriscos não incluem automaticamente a cobertura para terramotos, sendo esta uma coberturas adicional e que não está incluída na cobertura de fenómenos naturais. Assim, os proprietários devem:
Verificar se a apólice cobre especificamente danos causados por sismos.
Analisar os limites de indemnização e as franquias associadas.
Comparar ofertas de diferentes seguradoras para garantir uma cobertura adequada.
Benefícios da contratação de seguro contra sismos
Proteção financeira: Em caso de colapso de um edifício, o seguro cobre custos de reconstrução.
Alojamento temporário: Algumas apólices garantem estadia temporária em caso de impossibilidade de habitação.
Segurança familiar: Reduz a pressão financeira sobre as famílias após um desastre natural.
Conclusão
A possibilidade de um terramoto significativo em Portugal é real, especialmente nas regiões do Algarve, Lisboa e Açores. Os recentes eventos sísmicos em Marrocos, Europa e Santorini demonstram que a atividade tectónica continua intensa.
Diante deste cenário, é essencial que o governo e os cidadãos tomem medidas preventivas, incluindo reforço estrutural de edifícios e a contratação de seguros multirriscos com cobertura sísmica. Apenas através de uma preparação adequada poderemos mitigar os impactos de um futuro sismo em Portugal.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.