Entender a política em Portugal: Guia para as eleições legislativas de 18 de Maio de 2025
- Quintino Seguros
- 11 de mai.
- 3 min de leitura
Aviso: Este artigo é inteiramente neutro e tem um propósito exclusivamente informativo. Não representa qualquer apoio, promoção ou posicionamento político-partidário. O seu único objetivo é esclarecer os cidadãos sobre o funcionamento do sistema político português e os contextos das eleições, de forma imparcial e acessível.
As eleições legislativas estão marcadas para 18 de maio de 2025. Neste momento, muitos cidadãos procuram compreender melhor como funciona o sistema político português, quais são os principais partidos e que ideias representam.

1. Como funciona o sistema político em Portugal?
Portugal é uma república democrática semipresidencialista, o que significa que o poder está dividido entre várias instituições:
Assembleia da República
Parlamento unicameral composto por 230 deputados.
Eleitos por sufrágio direto e proporcional, por círculos eleitorais.
Compete-lhe legislar, fiscalizar o Governo e aprovar o Orçamento do Estado.
Governo
Composto pelo Primeiro-Ministro, ministros e secretários de Estado.
Responsável pela condução da política nacional e pela administração pública.
Presidente da República
Eleito diretamente pelo povo.
Tem um papel moderador, podendo dissolver o Parlamento, nomear o Primeiro-Ministro e promulgar leis.
2. O que são partidos políticos?
Os partidos políticos são organizações que representam diferentes visões sobre como deve ser gerido o país. Cada um apresenta propostas e programas eleitorais, através dos quais os eleitores fazem as suas escolhas.
Normalmente, os partidos são posicionados num espectro político ideológico:
Esquerda: foco em justiça social, igualdade, maior papel do Estado na economia.
Centro: tenta equilibrar medidas sociais com responsabilidade orçamental.
Direita: valoriza a liberdade económica, iniciativa privada e menor intervenção do Estado.
Estes posicionamentos são indicativos e podem variar ao longo do tempo e conforme os temas debatidos.
3. Principais partidos com presença nacional
Abaixo estão os partidos com representação parlamentar ou visibilidade pública significativa. A ordem é alfabética e a descrição é meramente informativa:
Bloco de Esquerda (BE) – Enfatiza políticas sociais, ambientais e laborais.
Chega – Apresenta propostas centradas em justiça penal, imigração e identidade nacional.
Iniciativa Liberal (IL) – Defende liberdade económica, menor intervenção estatal e impostos reduzidos.
Livre – Apoia uma política ecológica e de inclusão social, com foco na igualdade e sustentabilidade.
PAN (Pessoas–Animais–Natureza) – Propõe medidas centradas na proteção animal, ambiente e qualidade de vida.
Partido Comunista Português (PCP) – Defende os direitos dos trabalhadores, a soberania nacional e os serviços públicos.
Partido Social Democrata (PSD) – Valoriza crescimento económico, responsabilidade orçamental e serviços públicos eficientes.
Partido Socialista (PS) – Apoia políticas sociais em equilíbrio com a estabilidade económica.
CDS – Partido Popular (CDS-PP) – Partido tradicional com raízes democrata-cristãs, aposta na economia de mercado e valores conservadores.
Existem ainda outros partidos e movimentos com atuação mais recente, regional ou temática, que também concorrem a eleições.
4. Como escolher em quem votar?
Votar é um direito e uma responsabilidade. Para o fazer de forma consciente, considera:
Ler os programas eleitorais dos partidos, disponíveis nos seus sites.
Acompanhar debates e entrevistas para perceber melhor as propostas e perfis dos candidatos.
Consultar fontes credíveis de informação jornalística.
Comparar ideias, e não apenas nomes ou slogans.
Evita decisões baseadas apenas em redes sociais ou desinformação. Uma escolha informada tem impacto real na vida de todos.
5. O que acontece depois das eleições?
Após as eleições:
Os deputados são eleitos de forma proporcional.
O Presidente da República ouve os partidos e convida alguém a formar Governo (normalmente o líder do partido mais votado ou com mais apoio parlamentar).
Se não existir maioria absoluta, pode ser necessário formar coligações ou acordos parlamentares.
O novo Governo apresenta o seu programa à Assembleia e entra em funções.
O mandato dos deputados é de quatro anos, salvo dissolução antecipada da Assembleia da República.
Conclusão
Este guia tem como único propósito informar, de forma neutra e acessível, sobre o funcionamento do sistema político em Portugal. Participar nas eleições é uma oportunidade de contribuir para o futuro coletivo — e essa participação começa com o conhecimento.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.